Um dia a casa pode cair
A FAB confirmou que houve “um problema técnico” com a aeronave, modelo Amazonas C105 (de fabricação da Airbus). Ela é usada com frequência para transporte de tropas e cargas.
Mas serve também para deslocamentos do presidente da República quando é necessário pousar em pistas curtas. Lula voou a Marajó em uma aeronave de reserva e cumpriu sua agenda.
Logo fontes da alta cúpula militar, ouvidas pela CNN Brasil, se apressaram em atribuir a falha no acionamento dos motores do C105 a sucessivos cortes no orçamento das Forças Armadas.
No caso da FAB, a verba destinada à manutenção e modernização da frota de aviões sofreu uma redução de 41% nos últimos 10 anos, em valores reais (já corrigidos pela inflação).
A frota caiu de 526 aeronaves em 2014 para 319 em 2025. Nesse período, o número de horas de voo da FAB foi reduzido em cerca de 50%. Pistas e hangares estão se deteriorando.
Lula coleciona sustos aéreos desde o início do seu atual governo. A saber:
Janeiro de 2024 – o avião presidencial destinado ao transporte da equipe de segurança de Lula apresentou pane em Campina Grande (PB). Lula cancelou sua visita ao Estado;
Fevereiro de 2024 – o jato Airbus A319 da FAB, que transportava Lula, abortou a decolagem no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, por causa de “um problema técnico”;
Outubro de 2024 – avião de Lula, com problemas em uma das turbinas, pousa na cidade do México depois de sobrevoar o aeroporto por quatro horas e meia para gastar o combustível;
De longe, o maior susto foi o que Lula levou no México:
Não pode faltar dinheiro para que um presidente voe em segurança. Não falta nem em países pobres. Uma falha bastaria para demitir a equipe responsável pela segurança presidencial.