Aliado do governador Jerônimo Rodrigues deputado Binho Galinha é procurado pela PF (Fotos: Reprodução/Instagram e PF)
Binho Galinha (PRD) é alvo da Operação Estado Anômico, que prendeu parentes do deputado, policiais e bloqueou R$ 9 milhões
Davi Soares –
A Polícia Federal tenta prender nesta quarta-feira (1º) o deputado estadual aliado do PT na Bahia, Kléber Cristian Escolano de Almeida, o “Binho Galinha” (PRD), alvo da Operação Estado Anômico, que visa desarticular organização criminosa que atua na região de Feira de Santana (BA) com lavagem de capitais de jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outroos crimes cidades circunvizinhas.
A operação autorizada pela 1ª Vara Criminal de Feira de Santana resultou nas prisões da esposa e do filho do parlamentar, bem como de policiais acusados de integrar a organização classificada pela PF como “estruturada e sofisticada”.
A Justiça ainda determinou um bloqueio de R$ 9 milhões das contas bancárias dos investigados e a suspensão de atividades econômicas de uma empresa. E mandou cumprir um total de dez prisões preventivas, mais 18 mandados de busca e apreensão, em Feira de Santana e em Salvador.
Reincidência e aliança
A PF afirma que as investigações apontam para a prática reiterada de múltiplas infrações penais graves, com foco na ocultação de dissimulação de bens e valores. E é a segunda operação PF contra o deputado Binho Galinha, desde a deflagração da Operação El Patron, em 7 de dezembro de 2023, para combater crimes atribuídos a uma milícia que atua na região de Feira de Santana.
A Operação El Patron teve seus atos e provas anulados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), porque o ministro Joel Ilan Paciornik aplicou a jurisprudência vigente em julho de 2024, que considerava ilegal usar relatórios de inteligência financeira (RIFs) solicitados diretamente ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), sem prévia autorização judicial. Entendimento que foi derrubado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em julho de 2025, quando foi considerada desnecessária a atuação judicial para o Coaf liberar os RIFs.