Francisco Cuoco caracterizado como Otto, em Deus nos Acuda, de 1992TV Globo / Divulgação
Veterano estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo

Rio – O ator Francisco Cuoco faleceu nesta quinta-feira (19) aos 91 anos, por falência múltipla dos órgãos. O veterano estava internado há 20 dias no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O artista deixou três filhos: Rodrigo, Diogo e Tatiana, frutos do antigo casamento com Gina Rodrigues.

Um dos grandes Ãcones da televisão brasileira, o ator enfrentava alguns problemas de saúde. Ele usava sonda no nariz, pesava cerca de 130 kg e não conseguia ficar em pé sozinho. O artista morava com a irmã Gracia, de 86 anos, e tinha o auxÃlio de cuidadores para desempenhar atividades básicas, como tomar banho.
TrajetóriaÂ
Francisco Cuoco nasceu no bairro do Brás, em São Paulo, no ano de 1933, e chegou a cursar Direito antes de ingressar na Escola de Arte Dramática. Passou pelo Teatro Brasileiro de Comédia e pelo Teatro dos Sete até chegar à TV Tupi. Em 1966, atuou em “Redenção”, da extinta TV Excelsior, na pele do médico Fernando Silveira.
Ao longo de cinco décadas de carreira, o galã colecionou personagens na televisão, cinema e teatro. Estreou na Globo em 1970 na novela “Assim na Terra Como no Céu” e viveu uma série de protagonistas em obras escritas por Janete Clair, entre eles o ambicioso Cristiano em “Selva de Pedra” (1972).
O veterano emendou diversos trabalhos na emissora como “O Semideus” (1973), “Pecado Capital” (1975), “O Astro” (1977), “O Salvador da Pátria” (1989), “Deus no Acuda” (1992), “A Próxima VÃtima” (1995), “As Filhas da Mãe” (2001), “América” (2005), “Passione” (2010), “Sol Nascente” (2016) e “Segundo Sol” (2018).
A última aparição de Francisco Cuoco na TV Globo foi no programa “Tributo”, uma homenagem exibida no dia 6 de junho. Na ocasião, o ator comentou sobre a longa trajetória artÃstica e recordou personagens marcantes.
Nos cinemas, participou dos filmes “Traição” (1998), “Gêmeas” (1999), “Um Anjo Trapalhão” (2000), “Cafundó” (2005) e “Real Beleza” (2015). Já no teatro esteve na peça “Três Homens Baixos”, na qual dividiu o palco com Gracindo Jr. e Chico Tenreiro. Também gravou o disco romântico “Soleado” (1975) e o CD “Paz Interior”, uma reunião de 16 orações católicas.