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Os radares nas rodovias federais do Brasil estão em reta de desligamento, ou seja, podem parar a qualquer momento, por falta de pagamento dos serviços do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A explicação para o calote é a contenção de gastos de R$ 31,3 bilhões no orçamento deste ano. Os equipamentos (radares) são controlados pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes),, fiscalizam a velocidade dos veículos e aplicam multas.
Segundo informações, estão sob risco 21 contratos espalhados pelas 27 unidades da federação. Do valor inicialmente previsto, de R$ 364,1 milhões, o Orçamento da União alocou apenas R$ 43,36 milhões para os radares — a redução foi de 88%. Isso significa que a partir de agosto não haverá mais recursos para manter a rede nacional de radares.
Mesmo com o corte, o Dnit conseguiu prolongar o funcionamento até o mês de junho. O governo federal chegou a liberar R$ 10 milhões ainda no mês passado para manter a operação emergencial em julho. Entretanto, o órgão não conseguirá prosseguir com os contratos se não houver um repasse ao PNCV (Programa Nacional de Controle de Velocidade) nos próximos dias.
À Gazeta do Povo, o Dnit informou que está articulando com o Ministério dos Transportes e com a Casa Civil uma solução para manter os radares em atividade.
No total, são mais de 1,6 mil radares instalados em todo o Brasil, que arrecadaram cerca de R$ 1 bilhão em 2024. Até 2022, a receita com as multas voltavam para as atividades de fiscalização e controle de trânsito nas rodovias federais, mas desde 2023 os recursos passaram a ser destinados para a administração do Dnit. Sem essa arrecadação do PNCV, outras ações da autarquia ficarão comprometidas.
Com informações: Gazeta do Povo