Lula durante reunião ministerial nesta quinta-feira (8). — Foto: Ricardo Stuckert / PR
Presidente disse que focará participações em valorizar os candidatos apoiados por ele; Lula não quer melindrar adversários que podem virar aliados.
Por Guilherme Balza, Pedro Henrique Gomes, GloboNews e g1 — Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou a participação de ministros do governo em campanhas de candidatos que o “esculhambem” durante as eleições municipais deste ano.
Além disso, o presidente avisou aos auxiliares que deve subir em poucos palanques durante esse período eleitoral, e que vai focar suas participações em valorizar os candidatos apoiados por ele.
Lula deu o recado aos ministros durante uma reunião ministerial que durou cerca de sete horas durante esta quinta-feira (8), no Palácio do Planalto.
Depois da reunião, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse à imprensa que o chefe do Executivo federal pediu que seus ministros tenham o mesmo comportamento durante as eleições.
Lula pediu prudência aos ministros. Ele não quer que membros do primeiro escalão ataquem adversários, para não prejudicar o governo em prováveis alianças políticas futuras.
Cobranças e acenos ao Congresso
Durante o encontro, Lula cobrou mais uma vez que os ministros melhorem a comunicação do trabalho de suas pastas com a sociedade. O chefe do Executivo federal pediu ainda que os ministros pensem em estratégias eficientes de comunicação e façam muitas viagens pelo país.
Segundo o chefe do Planalto, é preciso que a população entenda que o governo fez entregas importantes. Além disso, na visão dele, é preciso vencer a disputa política de narrativas.
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Falando sobre o tema, o petista chegou a citar a gestão de Gabriel Boric, presidente do Chile, como exemplo negativo. Ele afirmou que, apesar de ter quase metade das cadeiras no parlamento chileno, o líder do país vizinho não consegue aprovar as medidas de governo.
Lula também destacou aos ministros a atenção que tem dado ao tema da inteligência artificial.
O governo coordenou a criação de um plano nacional sobre o assunto, e o chefe do Planalto disse que vai criar um grupo de trabalho para tratar sobre o tema e colocar a pauta como prioritária do encontro com Xi Jinping, presidente da China.