‘Ato do 8 de janeiro deveria ocorrer no Dia da Mentira’

Crédito: Luciana Nassar (Alems)

eputado Rafael Tavares defende que não houve tentativa de golpe de Estado.

O deputado Rafael Tavares (PRTB-MS) afirmou, em uma publicação nas redes sociais, que o evento ocorrido em Brasília (DF) em alusão aos atos de 8 de janeiro deveria ser comemorado no Dia da Mentira. Em um post, o parlamentar declarou que “não houve tentativa de golpe”. Na avaliação dele, “houve baderna e depredação por parte de pessoas insatisfeitas com Lula na presidência”.

Rafael Tavares exerce mandato na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) e tem se destacado em todo o estado ao defender pautas de direita. Ele está em seu primeiro mandato como deputado estadual, e atualmente briga na Justiça para manter o cargo para o qual foi eleito em 2022.

“Acho que esse ato deveria ser no 1º de abril, que é o Dia da Mentira. Não houve tentativa de golpe alguma. O que houve foi baderna e depredação por parte de pessoas insatisfeitas com Lula na presidência. Em 2015, o MST quebrou vidraça e invadiu o Ministério da Agricultura. No mês passado, manifestantes de esquerda quebraram a Alesp e nada aconteceu. O que temos hoje no Brasil é uma perseguição de parte do Judiciário contra a direita, é isso”, diz a íntegra da publicação veiculada por Rafael Tavares.

A crítica de Tavares também ocorre no âmbito da politização do evento convocado pelo presidente Lula (PT), um fator que resultou na ausência da maioria dos governadores na solenidade. O caráter cívico e institucional foi visto apenas na propaganda, mas a partidarização da cerimônia ocorreu desde o primeiro discurso.

Bolsonarista e fundador do movimento conservador Endireita MS, Rafael Tavares foi eleito sem utilizar recursos públicos e aguarda a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre uma ação movida pela senadora Soraya Thronicke (PODEMOS-MS), rival política que tenta a cassação de seu mandato.

Em nota à imprensa, o PRTB-MS, partido ao qual Tavares está filiado, garante que seguiu todas as cotas estabelecidas durante a campanha, incluindo a de gênero, e destaca pareceres contrários à cassação emitidos pelo Ministério Público. A legenda também ressalta que o desembargador Julizar Barbosa Trindade, relator do caso na Justiça Eleitoral, já havia rejeitado anteriormente uma liminar para impedir a posse de Tavares no início de seu mandato.

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Palácio Guaicurus, sede do Legislativo sul-mato-grossense | Crédito: Alems

 

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