Acordou de ressaca? Veja as melhores dicas e o que fazer para aliviar os sintomas

Por Terra Brasil Notícias

Adeus ano velho, feliz ano novo… de ressaca! Se você acordou no primeiro dia de 2024 com dor de cabeça, mal-estar, gosto ruim na boca, sede excessiva, enjoo, cansaço após beber demais no réveillon, provavelmente o diagnóstico é um só: ressaca ??.

Se você entrou nesse texto procurando a cura para essa sensação desconfortável, as notícias não são boas. Isso porque não existe um remédio ou receita mágica para curar a ressaca e, segundo especialistas, os sintomas podem ter uma duração de oito a doze horas. Para o ressacado, só resta esperar passar.

O que é a ressaca e por que ela provoca um mal-estar no dia seguinte?

  • A ressaca é o resultado de uma intoxicação pelo álcool.

Raymundo Paraná, médico hepatologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), explica que o primeiro passo de metabolização do álcool passa pelo estômago, por uma enzima chamada álcool desidrogenase.

“Cada pessoa tem uma quantidade diferente e é como se essa enzima fosse a primeira passagem que modula a quantidade de álcool que vai chegar ao fígado. No fígado, o álcool se transforma em acetaldeído – um composto que causa desidratação celular, pode agredir as células e dá a sensação de mal-estar”, diz o hepatologista.

Christian Morinaga, gerente do Pronto Atendimento do Hospital Sírio-Libanês, lembra que não existe uma quantidade segura para não ter ressaca, mas quanto mais álcool ingerimos, maior a chance e a intensidade da ressaca. O médico ressalta que o tema também não é brincadeira.

A ingestão exagerada de álcool também pode levar a consequências mais graves, para além da ressaca, como o coma alcoólico.

“O indivíduo apresenta uma intoxicação e embriaguez num grau elevado e isso faz com que ele deprima o Sistema Nervoso Central (SNC) e entre em coma. O álcool em excesso também pode causar arritmias em pessoas com predisposição”, alerta Paraná.

Tem tratamento? Dá para prevenir?

Como dissemos acima, não existe um tratamento específico para a ressaca. Morinaga diz que o mais importante é:

  • Manter repouso;
  • Tentar manter uma boa hidratação;
  • Evitar o jejum e fazer refeições leves (comida gordurosa pode piorar os efeitos da ressaca);
  • Utilizar analgésicos simples (em casos de dor de cabeça ou dor); e
  • Tomar medicamentos antieméticos (contra o enjoo).

E tem como prevenir? A pessoa pode optar por dois caminhos: não beber ou beber moderadamente, sem excessos. Além disso, os especialistas dão algumas dicas que podem ajudar a amenizar os sintomas:

  • ? Evite beber de estômago vazio (o que acelera a absorção do álcool);
  • Evite beber quando o sono não está regular. “Pessoas que bebem após período longo de privação de sono tendem a ter mais sintomas de ressaca”, alerta Morinaga;
  • Hidrate-se durante o consumo de álcool – o ideal é um copo de água para cada dose de bebida. A água ajuda a diluir o álcool no estômago e a chance de ficar muito intoxicado é menor.

Mito ou verdade?

  • Misturar vários tipos de bebidas alcoólicas piora a ressaca? Não piora nem melhora. O que vai importar é a quantidade de álcool que você consumiu e a sua suscetibilidade.
  • As mulheres são menos resistentes ao álcool? É verdade. As mulheres têm menos quantidade de álcool desidrogenase – enzima que modula a quantidade de álcool que vai chegar ao fígado.
  • Depois dos 30 anos, a ressaca é pior? Não. É uma verdade relativa. O álcool desidrogenase vai diminuindo com a idade, mas isso costuma ocorrer entre 40 e 50 anos.
  • Vomitar ajuda a passar a ressaca? Não. O vômito pode aliviar o desconforto pela distensão do estômago, mas pode induzir à perda de sais minerais e desidratação. Em geral, os sintomas da ressaca só aparecem depois que todo o álcool ingerido já foi absorvido e metabolizado.
  • Existe bebida boa e bebida ruim? Existem bebidas que são mais impuras, que trazem não só o álcool, mas outras substâncias que podem gerar mais intolerância e sintomas. Bebidas mais “qualificadas” têm menos impurezas e reduzem riscos de agentes adicionais à intoxicação, além do álcool. Mas vale lembrar: o mais importante é sempre a quantidade de álcool que você bebeu.

G1

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