Endrick pode ser punido por se tornar garoto propaganda de medicamento?

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Endrick, campeão brasileiro pelo Palmeiras, tornou-se garoto propaganda de um medicamento que possui em sua fórmula uma substância que é considerada doping e, consequentemente, proibida pela Agência Mundial Antidoping. Na última sexta-feira (8), o atacante anunciou uma parceria com a Neosaldina, medicamento que atua no alívio de dores de cabeça.

O isometepteno, presente na composição, é responsável por aumentar os níveis de atividades motoras e cognitivas. Além do ganho técnico, a substância pode mascarar a presença de outros agentes químicos. Portanto, aparece na página 15 da lista da WADA, na seção S6, como estimulante vetado.

– O Isometepteno não tem nenhum efeito que possa ser maléfico se considerarmos a ação analgésica que a medicação se propõe a resolver. No entanto, pelo fato de ser estimulante, é uma substância proibida para atletas – comentou Rafael Teixeira Ramos, consultor jurídico desportivo.

Com a polêmica envolvendo a relação do jogador com empresa, Endrick pode ser punido por um decisão em processo da Justiça Desportiva Antidopagem ou até em via recursal pelo Tribunal Arbitral do Desporto.

No entanto, na visão do consultor jurídico, o atacante do Palmeiras não deve sofrer sanções em razão do patrocínio, pois não se beneficiou pelo uso do medicamento durante as competições que disputou.

– Nunca vi punição por patrocínio de droga lícita ao atleta caso não efetue o uso durante as competições. Proibido é o incentivo, propagação e estímulo de substâncias que estão na lista Antidopagem da WADA e que não são autorizadas para consumo como droga lícita – completou.

Com duração de cinco anos, o acordo entre as partes prevê um pagamento anual de R$2,5 milhões, com possíveis bonificações extras por metas não reveladas.

Até o momento, o staff do jogador e a marca de medicamentos não se pronunciaram a respeito do caso.

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